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domingo, 22 de abril de 2012

SÉRIE: (77)A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS - A fé de jesus - ULTIMA PARTE

SÉRIE: (77)A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS - A fé de jesus - ULTIMA PARTE
Esta série foi extraída do Livro de Urântia. Os 77 capítulos, mais de 700 páginas, que ocupam um terço do livro, dão dia a dia, toda a vida de Jesus Cristo desde sua infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito.



A FÉ DE JESUS

Jesus possuía uma fé sublime, e de todo o coração, em Deus. Ele experimentou os altos e baixos comuns da existência mortal, mas religiosamente nunca duvidou da certeza da vigilância e do guiamento de Deus. A sua fé era fruto do discernimento nascido da atividade da presença divina do seu Ajustador residente. A sua fé não era nem tradicional nem meramente intelectual; era totalmente pessoal e puramente espiritual.

O Jesus humano via Deus como sendo santo, justo e grande, assim como verdadeiro, belo e bom. Todos esses atributos da divindade, ele os focalizava na sua mente como a “vontade do Pai no céu”. O Deus de Jesus era, ao mesmo tempo, “O Santo de Israel” e “O Pai vivo e amoroso do céu”. O conceito de Deus, como um Pai, não foi original de Jesus, mas ele exaltou e elevou essa idéia como uma experiência sublime, realizando uma nova revelação de Deus e proclamando que todo ser mortal é um filho desse Pai de amor, um filho de Deus.

Jesus não se apegou à fé em Deus como o faria uma alma que se debate em luta contra o universo, ou que se agarra à luta de morte contra um mundo hostil e pecaminoso; ele não recorreu à fé meramente como uma consolação em meio a dificuldades, ou como um conforto em meio à ameaça do desespero; a fé não era apenas uma compensação ilusória para as realidades desagradáveis e os sofrimentos da vida. Ao enfrentar todas as dificuldades naturais e as contradições temporais da existência mortal, ele experimentou a tranquilidade da confiança suprema e inquestionável em Deus e desfrutou a imensa emoção de viver, pela fé, na própria presença do Pai celeste. E essa fé triunfante foi uma experiência viva de realização real do espírito. A grande contribuição de Jesus para os valores da experiência humana não foi haver revelado tantas idéias novas sobre o Pai no céu, mas foi mais por ele haver, tão magnífica e humanamente, demonstrado um tipo novo e mais elevado de fé viva em Deus. Nunca, em todos os mundos deste universo, na vida de qualquer mortal, Deus tornou-se uma tão viva realidade como na experiência humana de Jesus de Nazaré.

Na vida do Mestre, em Urântia, este e todos os outros mundos da criação local descobriram um tipo novo e mais elevado de religião, baseada em relações espirituais pessoais com o Pai Universal e totalmente validada pela autoridade suprema da experiência pessoal genuína. Essa fé viva de Jesus era mais do que uma reflexão intelectual, e não era uma meditação mística.

A teologia pode fixar, formular, definir e dogmatizar a fé, mas, na vida humana de Jesus, a fé era pessoal, viva, original, espontânea e puramente espiritual. Essa fé não era uma reverência à tradição, nem uma mera crença intelectual que ele mantinha como um credo sagrado, mas era mais uma experiência sublime e uma convicção profunda, que o mantinha em segurança. A sua fé era tão real e todo-inclusiva que varreu para longe, absolutamente, quaisquer dúvidas espirituais e destruiu efetivamente todos os desejos conflitantes. Nada foi capaz de afastá-lo de ancorar-se espiritualmente nessa fé fervorosa, sublime e destemida. Mesmo na derrota aparente ou nas fortes dores do desapontamento e do desespero ameaçador, ele permaneceu calmamente na presença divina, livre de medo e totalmente consciente da invencibilidade espiritual. Jesus desfrutou da certeza revigorante da posse de uma fé inflexível e, em cada uma das situações de provação, demonstrou infalivelmente uma lealdade inquestionável à vontade do Pai. E essa fé magnífica não se intimidou, mesmo diante da ameaça cruel e esmagadora de uma morte ignominiosa.

Em um gênio religioso, uma fé espiritual muito forte, com freqüência, leva diretamente ao fanatismo desastroso, ao exagero do ego religioso, mas não aconteceu assim com Jesus. Ele não foi afetado desfavoravelmente, na sua vida prática, pela sua extraordinária fé e pela realização espiritual, porque essa exaltação espiritual era uma expressão totalmente inconsciente e espontânea, na sua alma, da sua experiência pessoal com Deus.

A fé espiritual ardente e indomável de Jesus nunca se tornou fanática, pois nunca chegou a afetar os seus julgamentos intelectuais equilibrados a respeito dos valores correspondentes das situações sociais, econômicas e morais, práticas e comuns da vida. O Filho do Homem foi uma personalidade humana esplendidamente unificada; foi um ser divino perfeitamente dotado; e era também magnificamente coordenado, como combinação de ser humano e divino, funcionando na Terra como uma personalidade única. O Mestre sempre coordenava a fé da alma com o juízo da sabedoria da experiência amadurecida. A fé pessoal, a esperança espiritual e a devoção moral foram sempre correlacionadas em uma unidade religiosa sem par de associação harmoniosa com a compreensão profunda da realidade e da sacralidade de todas as lealdades humanas – a honra pessoal, o amor familiar, a obrigação religiosa, o dever social e a necessidade econômica.

A fé de Jesus visualizou todos os valores do espírito como sendo encontrados no Reino de Deus; e por isso ele disse: “Buscai primeiro o Reino do céu”. Jesus viu, na fraternidade avançada e ideal do Reino, a realização e o cumprimento da “vontade de Deus”. A essência mesma da oração que ele ensinou aos seus discípulos foi: “Que venha a nós o vosso Reino; que a vossa vontade seja feita”. E assim, tendo concebido o Reino como consistindo na vontade de Deus, ele devotou-se à causa da sua realização com um auto-esquecimento espantoso e um entusiasmo incontido. Mas, durante toda a sua intensa missão e na sua vida extraordinária, a fúria do fanático nunca esteve presente, nem a insignificância, de fachada, do egotista religioso.

A vida inteira do Mestre foi condicionada, consistentemente, por essa fé viva, por essa experiência religiosa sublime. Essa atitude espiritual dominou totalmente o seu pensamento e o seu sentimento, a sua crença e a sua oração, o seu ensinamento e a sua pregação. Essa fé pessoal de um filho, na certeza e na segurança do guiamento e da proteção do Pai celeste, conferiu à sua vida única um dom profundo de realidade espiritual. E ainda, a despeito dessa profunda consciência de relação íntima com a divindade, esse galileu, esse Galileu de Deus, quando era chamado de Bom Mestre, imediatamente dizia: “Por que me chamais de bom?” Quando nós nos defrontamos com um auto-esquecimento tão esplêndido, começamos a compreender como o Pai Universal achou possível manifestar, tão plenamente, a Si próprio, nele e revelar-Se por meio dele aos mortais dos reinos.

Jesus levou a Deus, como homem deste reino, a maior de todas as oferendas: a consagração e a dedicação da sua própria vontade ao serviço majestoso de fazer a vontade divina. Jesus sempre interpretou, e de um modo consistente, a religião, nos termos totais da vontade do Pai. Quando estudardes a carreira do Mestre, no que diz respeito à prece ou a qualquer outro aspecto da vida religiosa, não procureis tanto o que ele ensinou, mas deveis procurar o que ele fez. Jesus nunca orou por dever religioso. Para ele, a prece foi uma expressão sincera da atitude espiritual, uma declaração de lealdade da alma, uma demonstração da devoção pessoal, uma expressão da gratidão, um modo de evitar a tensão emocional, uma prevenção para os conflitos, uma exaltação intelectiva, um enobrecimento do desejo, uma demonstração da decisão moral, um enriquecimento do pensamento, um revigoramento das inclinações mais elevadas, uma consagração do impulso, um esclarecimento de pontos de vista, uma declaração de fé, uma rendição transcendental da vontade, uma afirmação sublime de confiança, uma revelação de coragem, uma proclamação da descoberta, uma confissão de devoção suprema, uma validação da consagração, uma técnica de ajustamento das dificuldades e uma mobilização poderosa, dos poderes combinados da alma, para suportar todas as tendências humanas de egoísmo, mal e pecado. Ele viveu exatamente uma vida na prece e na consagração devotada a fazer a vontade do seu Pai e terminou a sua vida de modo triunfante, exatamente com uma dessas orações. O segredo da sua vida religiosa sem par foi essa consciência da presença de Deus; e ele a alcançou por meio da oração inteligente e da adoração sincera – de comunhão ininterrupta com Deus – e não por indicações, vozes, visões, nem por práticas religiosas extraordinárias.

Na vida terrena de Jesus, a religião foi uma experiência viva, um movimento direto e pessoal da reverência espiritual à prática da retidão. A fé de Jesus deu frutos transcendentais do espírito divino. A sua fé não era imatura e crédula como a de uma criança, mas, sob muitos pontos de vista, ela assemelhou-se à confiança, sem suspeitas, da mente infantil. Jesus confiou em Deus, do mesmo modo que uma criança confia em um pai. Ele tinha uma profunda confiança no universo – exatamente a confiança que uma criança tem no ambiente dos seus pais. A fé de Jesus, uma fé de todo o coração, na bondade fundamental do universo, em muito se assemelhou à confiança que a criança tem na segurança no seu meio ambiente terreno. Ele dependeu do Pai celeste, tal uma criança se apóia no seu pai terreno, e a sua fé fervorosa nunca, nem por um momento, duvidou da certeza de que o Pai celeste velava por ele. Ele não se perturbava seriamente com temores, dúvidas e ceticismos. A descrença não inibiu a expressão livre e original da sua vida. Ele combinou a coragem sólida e inteligente de um homem amadurecido, com o otimismo sincero e crente de uma criança confiante. A sua fé cresceu, alcançando um nível tão elevado de confiança que era desprovida de temores.

A fé de Jesus atingiu a pureza da confiança de uma criança. A sua fé fo tão absoluta e desprovida de dúvidas que se fez sensível ao encanto do contato com os companheiros e às maravilhas do universo. O seu senso de dependência do divino foi tão completo e tão confiante, que trouxe a alegria e a certeza de uma segurança pessoal absoluta. Não houve nada de hesitante e simulado na sua experiência religiosa. Nessa inteligência gigantesca de um homem adulto, a fé da criança reinou, suprema, em todas as questões relacionadas à consciência religiosa. Não é estranho que uma vez ele haja dito: “Se não vos tornardes como crianças pequenas, não entrareis no Reino”. Não obstante a fé de Jesus ser como a de uma criança, não era infantil em nenhum sentido.

Jesus não exige que os seus discípulos acreditem nele, mas que eles acreditem junto com ele, que acreditem na realidade do amor de Deus e, com toda a confiança, que aceitem a certeza da segurança da filiação ao Pai celeste. O Mestre deseja que todos os seus seguidores compartilhem totalmente da sua fé transcendente. Jesus, de um modo muito tocante, desafiou os seus seguidores, não apenas a acreditarem naquilo em que ele acreditava, mas também a acreditarem como ele acreditava. Esta é a significação plena da sua única e suprema exigência: “Siga-me”.

A vida terrena de Jesus foi devotada a um grande propósito – fazer a vontade do Pai, viver a vida humana, religiosamente e pela fé. A fé de Jesus foi confiante como a de uma criança, mas sem a menor presunção. Ele tomou decisões firmes e viris, enfrentou corajosamente múltiplas decepções, suplantou com resolução dificuldades extraordinárias e cumpriu inabalavelmente os rudes requisitos do dever. Foi necessária uma vontade forte e uma confiança firme para acreditar no que Jesus acreditava, e como ele acreditava.

1. JESUS – O HOMEM

A devoção de Jesus à vontade do Pai, e ao serviço do homem, representou mais do que a decisão mortal e a determinação humana; foi uma consagração, de todo o seu coração, à outorga de um amor sem reservas. Não importa quão grande seja o fato da soberania de Michael, vós não deveis privar os homens do Jesus humano. O Mestre ascendeu ao alto como um homem, tanto quanto um Deus; ele pertence aos homens; e os homens pertencem a ele. Que pena que a própria religião fosse ser tão mal interpretada a ponto de esconder dos mortais atribulados o Jesus humano! Que as discussões sobre a humanidade ou sobre a divindade do Cristo não obscureçam a verdade salvadora de que Jesus de Nazaré foi um homem religioso que, pela fé, chegou a conhecer e a fazer a vontade de Deus; ele foi o homem mais religioso que já viveu em Urântia.

Os tempos amadureceram o suficiente, a ponto de se poder constatar a ressurreição simbólica do Jesus humano, saindo do seu túmulo, dentre as tradições teológicas e os dogmas religiosos de dezenove séculos. Jesus de Nazaré não deve mais ser sacrificado, nem mesmo ao conceito esplêndido do Cristo glorificado. Que serviço transcendente seria prestado se, por intermédio dessa revelação, o Filho do Homem fosse retirado do túmulo da teologia tradicional para ser apresentado como o Jesus vivo, à igreja que leva o seu nome, e para todas as outras religiões! Seguramente a irmandade cristã de crentes não hesitaria em fazer os ajustes de fé, e de práticas de vida, que a capacitassem a poder “seguir o” Mestre na demonstração da sua vida verdadeira de devoção religiosa, a fazer a vontade do seu Pai, e à consagração ao serviço desinteressado dos homens. Será que aqueles que chamam a si de cristãos professos temem criar uma irmandade auto-suficiente e de respeitabilidade social não consagrada, será que temem o desajuste econômico egoísta? Acaso a cristandade institucionalizada teme que a autoridade eclesiástica tradicional esteja em perigo, ou mesmo que seja arruinada, se o Jesus da Galiléia for restabelecido nas mentes e nas almas dos homens mortais, como o ideal de vida religiosa pessoal? Em verdade, os reajustes sociais, as transformações econômicas, o rejuvenescimento moral e as revisões religiosas da civilização cristã seriam drásticas e revolucionárias se a religião viva de Jesus pudesse subitamente suplantar a religião teológica sobre Jesus.

“Seguir Jesus” significa compartilhar pessoalmente a fé religiosa dele e entrar no espírito da vida do Mestre, consagrada ao serviço desinteressado dos homens. Uma das coisas mais importantes, na vida humana, é encontrar aquilo em que Jesus acreditava, é descobrir os seus ideais e lutar para a realização do seu propósito elevado de vida. De todo o conhecimento humano, o que é de maior valor é poder conhecer a vida religiosa de Jesus e como ele viveu-a.

O povo comum ouviu Jesus com alegria, e será de novo sensível à apresentação da sua vida humana sincera de motivação religiosa consagrada, se essas verdades forem novamente proclamadas ao mundo. O povo ouvia-o com alegria porque ele era um deles, um leigo despretensioso; o maior de todos os instrutores religiosos foi, em verdade, um leigo.

Não deveria ser a meta dos crentes do Reino imitar literalmente os aspectos exteriores da vida de Jesus na carne, mas sim compartilhar a sua fé; confiar em Deus como ele confiou em Deus e acreditar nos homens como ele acreditou nos homens. Jesus nunca discutiu, fosse sobre a paternidade de Deus, fosse sobre a irmandade dos homens; ele foi uma ilustração viva da primeira, e uma comprovação profunda da segunda.

Exatamente como os homens devem progredir, da consciência do humano à compreensão e realização do divino, assim Jesus ascendeu, desde a natureza de homem à consciência da natureza de Deus. E o Mestre fez essa grande ascensão, do humano ao divino, por meio da realização conjunta da fé do seu intelecto mortal e dos atos do seu Ajustador residente. A compreensão factual do alcançar da totalidade da divindade (ao mesmo tempo plenamente consciente da realidade da sua humanidade) foi acompanhada de sete estágios de consciência da fé de divinização progressiva. Esses estágios de auto-realização progressiva ficaram marcados pelos acontecimentos extraordinários seguintes, na experiência de auto-outorga do Mestre:

1. A chegada do Ajustador do Pensamento.
2. O mensageiro de Emanuel, que apareceu para ele em Jerusalém quando ele tinha cerca de doze anos de idade.
3. As manifestações que acompanharam o seu batismo.
4. As experiências no monte da Transfiguração.
5. A ressurreição moroncial.
6. A ascensão espiritual.
7. O abraço final do Pai do Paraíso, conferindo-lhe a soberania ilimitada do seu universo.

2. A RELIGIÃO DE JESUS


Algum dia, uma reforma na igreja cristã poderia causar um impacto suficientemente profundo de retomada dos ensinamentos religiosos inalterados de Jesus, o autor, a fonte e a realização da nossa fé. Vós podeis pregar uma religião sobre Jesus, mas, por força, vós deveis viver a religião de Jesus. No entusiasmo de Pentecostes, Pedro inaugurou involuntariamente uma nova religião, a religião do Cristo ressuscitado e glorificado. Mais tarde, o apóstolo Paulo transformou esse novo evangelho no cristianismo, uma religião que incorporava as suas próprias visões teológicas e que retratava a sua própria experiência pessoal com o Jesus da estrada de Damasco. A boa-nova do evangelho do Reino fundamenta-se na experiência religiosa pessoal do Jesus da Galiléia; o cristianismo baseia-se quase que exclusivamente na experiência religiosa pessoal do apóstolo Paulo. A quase totalidade do Novo Testamento é devotada, não a retratar a vida religiosa, significativa e inspiradora, de Jesus, mas a uma discussão da experiência religiosa de Paulo e a um retrato das suas convicções religiosas pessoais. As únicas exceções notáveis, dentro dessa afirmação, afora certas partes de Mateus, de Marcos e de Lucas, são o Livro dos Hebreus e a Epístola de Tiago. Mesmo Pedro, nos seus escritos, apenas uma vez reflete a vida pessoal religiosa do seu Mestre. O Novo Testamento pode ser um documento cristão esplêndido, mas é um documento que pouco tem de Jesus.

A vida de Jesus na carne retrata um crescimento religioso transcendente, desde as idéias iniciais do pavor primitivo e da reverência humana, passando por anos de comunhão espiritual pessoal, até que ele finalmente chegue àquele estado avançado e elevado de consciência da sua unidade com o Pai. E assim, em uma curta vida, Jesus passou por aquela experiência religiosa de progresso espiritual que o homem começa, na Terra, e que comumente completa apenas ao concluir a sua longa permanência nas escolas de aprendizado espiritual, nos níveis sucessivos da sua carreira pré-paradisíaca. Jesus progrediu, partindo de uma consciência puramente humana, das certezas da fé da experiência religiosa pessoal, até as alturas espirituais sublimes da realização efetiva da sua natureza divina e, daí, para a consciência da sua associação íntima com o Pai Universal, a fim de dirigir um universo. Ele progrediu do status humilde, de dependência mortal, que o levou espontaneamente a dizer àquele que o chamou de Bom Mestre: “Por que me chamais de bom? Ninguém é bom a não ser Deus”, até aquele estado sublime de consciência, da divindade realizada que o levou a exclamar: “Qual dentre vós me sentencia de haver pecado?” E essa ascensão progressiva, do humano ao divino, foi uma realização exclusivamente mortal. E quando havia alcançado a divindade, assim, ele era ainda o mesmo Jesus humano, o Filho do Homem, tanto quanto o Filho de Deus.

Marcos, Mateus e Lucas guardam alguma coisa do quadro do Jesus humano lançando-se na luta magnífica para determinar a vontade divina e para cumprir essa vontade. João apresenta um quadro do Jesus triunfante, caminhando na Terra, na consciência plena da divindade. O grande erro, cometido por aqueles que estudaram a vida do Mestre, é que alguns o conceberam como inteiramente humano, enquanto outros o consideraram apenas como divino. Durante toda a sua experiência ele foi, em verdade, tanto humano quanto divino; como ainda agora o é.

Mas o maior erro cometido consta de que, enquanto ficou reconhecido que o Jesus humano possuía uma religião, o Jesus divino (Cristo) transformou-se em uma religião, quase que da noite para o dia. O cristianismo, de Paulo, assegurou a adoração do Cristo divino, mas quase totalmente perdeu de vista o valente Jesus da Galiléia, humano, que lutou pelo valor da sua fé religiosa pessoal, e o heroísmo do seu Ajustador residente, que ascendeu do nível inferior da humanidade para tornar-se um com a divindade, transfornando-se, assim, no novo caminho vivo pelo qual todos os mortais podem ascender, dessa forma, da humanidade à divindade. Os mortais, em todos os estágios de espiritualidade e em todos os mundos, podem encontrar, na vida pessoal de Jesus, tudo que os fortalecerá e inspirará, no seu progresso do nível espiritual mais baixo, até os valores divinos mais elevados, do começo ao fim de toda a experiência religiosa pessoal.

Na época em que foi escrito o Novo Testamento, os autores não apenas acreditavam muito profundamente na divindade do Cristo ressuscitado, também acreditavam, devota e sinceramente, no seu retorno imediato à Terra, para consumar o Reino celeste. Essa fé fortalecida no retorno imediato do Senhor teve muito a ver com a tendência de omitir, dos registros, aquelas referências que retratavam as experiências e os atributos puramente humanos do Mestre. Todo o movimento cristão teve a tendência de afastar-se do retrato humano de Jesus de Nazaré, orientando-se para a exaltação do Cristo ressuscitado, o Senhor Jesus Cristo glorificado, e que em breve retornaria.

Jesus fundou a religião da experiência pessoal, ao fazer a vontade de Deus e ao servir à irmandade humana; Paulo fundou uma religião, na qual o Jesus glorificado tornou-se o objeto da adoração e a irmandade consistiu dos irmãos que eram crentes do Cristo divino. Na dádiva outorgada por Jesus, esses dois conceitos eram potenciais na sua vida divina-humana e, em verdade, é uma pena que os seus seguidores não houvessem conseguido criar uma religião unificada, que poderia ter dado um reconhecimento próprio a ambas, à natureza humana e à natureza divina do Mestre, tal como estavam inseparavelmente ligadas na sua vida terrena e tão gloriosamente expostas no evangelho original do Reino.

Vós não ficaríeis, nem chocados, nem perturbados pelos fortes pronunciamentos de Jesus; e para isso basta que vos lembreis de que ele foi o religioso mais devotado, e de todo o seu coração, em todo o mundo. Ele era um mortal totalmente consagrado, dedicado, sem reservas, a fazer a vontade do seu Pai. Muitas das suas afirmações, aparentemente duras, eram mais como uma confissão pessoal de fé e uma promessa de devoção, do que comandos dados para os seus seguidores. E foi essa mesma singularidade de propósito, e de devoção não-egoísta, que o capacitou a efetivar um progresso, tão extraordinário, na conquista da mente humana, em uma vida tão curta. Muitas das suas declarações deveriam ser consideradas como confissões do que ele exigia de si próprio, em vez de uma exigência para todos os seus seguidores. Na sua devoção à causa do Reino, Jesus queimou todas as pontes atrás de si; ele sacrificou tudo o que pudesse ser um obstáculo para a realização da vontade do seu Pai.

Jesus abençoava os pobres, porque em geral eles eram sinceros e pios; ele condenava os ricos, porque em geral eram devassos e irreligiosos. Ele condenaria igualmente os pobres irreligiosos e louvaria os ricos consagrados e pios.

Jesus fez os homens sentirem-se, no mundo, como se estivessem em casa; ele os libertou do tabu escravizador e ensinou a eles que o mundo não é fundamentalmente mau. Ele não almejou escapar da sua vida terrestre; ele dominou uma técnica de fazer a vontade do Pai de um modo aceitável, enquanto na carne. Ele atingiu uma vida religiosa idealista, em meio, mesmo, a um mundo realista. Jesus não partilhou da visão pessimista que Paulo tinha da humanidade. O Mestre via os homens como filhos de Deus e anteviu um futuro magnífico e eterno para aqueles que escolhiam sobreviver. Ele não foi um cético moral; ele via o homem positivamente, não negativamente. Ele via a maioria dos homens como fracos, mais do que como perversos, mais como perturbados do que depravados. Mas, não importando o status deles, eram todos filhos de Deus e irmãos seus.

Ele ensinou os homens a dar um elevado valor a si próprios, no tempo e na eternidade. Por causa dessa estima elevada, que Jesus tinha pelos homens, ele estava disposto a dedicar-se ao serviço ininterrupto da humanidade. E foi esse infinito apreço ao finito, o que fez da regra de ouro um fator vital na sua religião. Que mortal deixaria de se elevar pela fé extraordinária que Jesus tinha nele?

Jesus não propôs regras para o avanço social; a sua missão era religiosa; e a religião é uma experiência exclusivamente individual. A última meta, e de realização mais avançada da sociedade, não pode esperar nunca transcender a fraternidade que Jesus ofereceu aos homens: baseando-a no reconhecimento da paternidade de Deus. O ideal de toda a realização social apenas pode ser cumprido com a vinda deste Reino divino.

3. A SUPREMACIA DA RELIGIÃO
A experiência espiritual religiosa pessoal é uma solução eficiente para a maior parte das dificuldades mortais; ela seleciona, avalia e ajusta eficazmente todos os problemas humanos. A religião não remove, nem destrói os problemas humanos, mas dissolve-os, absorve-os, ilumina-os e transcende-os. A verdadeira religião unifica a personalidade, preparando-a para ajustar efetivamente todas as exigências mortais. A fé religiosa – o guiamento efetivo da presença divina residente – capacita, infalivelmente, o homem sabedor de Deus a lançar uma ponte sobre o abismo existente entre a lógica intelectual que reconhece a Primeira Causa Universal como sendo um Isso, de um lado, e aquelas afirmações efetivas da alma que declaram que essa Primeira Causa é Ele, o Pai Universal do evangelho de Jesus, o Deus pessoal da salvação humana.

Há apenas três elementos na realidade universal: o fato, a idéia e a relação. A consciência religiosa identifica essas realidades como ciência, filosofia e verdade. A consciência filosófica estaria inclinada a ver essas atividades como razão, sabedoria e fé – a realidade física, a realidade intelectual e a realidade espiritual. O nosso hábito é designar essas realidades como coisa, significado e valor.

A compreensão progressiva da realidade é equivalente a uma aproximação de Deus. A descoberta de Deus, a consciência da identidade com a realidade, é equivalente à experiência do eu completo, da inteireza do eu, da totalidade do eu. O experienciar da realidade total é a compreensão-realização plena de Deus, a finalidade da experiência de conhecer a Deus.

A somatória total da vida humana é o conhecimento de que o homem é educado pelo fato, enobrecido pela sabedoria e salvo – justificado – pela fé religiosa.
A certeza física consiste na lógica da ciência; a certeza moral, na sabedoria da filosofia; a certeza espiritual, na verdade da experiência religiosa autêntica.

A mente do homem pode alcançar altos níveis de discernimento espiritual, e esferas correspondentes de divindade de valores, porque ela não é totalmente material. Há um núcleo espiritual na mente do homem – o Ajustador, de presença divina. Há três evidências distintas de que esse espírito reside na mente humana:

1. A comunhão humanitária – o amor. A mente puramente animal pode ser gregária por autoproteção, mas apenas o intelecto residido pelo espírito é altruísta de um modo não-egoísta e ama incondicionalmente.

2. A interpretação do universo – a sabedoria. Apenas a mente residida pelo espírito pode compreender que o universo é amigável para com o indivíduo.

3. A avaliação espiritual da vida – a adoração. Apenas o homem residido pelo espírito pode compreender-realizar a presença divina e buscar atingir uma experiência mais plena a partir desse gosto antecipado de divindade.

A mente humana não cria valores reais; a experiência humana não gera o discernimento universal. Quanto a esse discernimento, o reconhecimento dos valores morais e o discernimento dos significados espirituais, tudo o que a mente humana pode fazer é descobrir, reconhecer, interpretar e escolher.

Os valores morais do universo tornam-se uma posse intelectual, pelo exercício dos três julgamentos básicos, ou escolhas, da mente mortal:

1. O autojulgamento – a escolha moral.

2. O julgamento social – a escolha ética.

3. O julgamento de Deus – a escolha religiosa.

Assim, parece que todo o progresso é efetuado por uma técnica conjunta de evolução revelacional.

Se um amante divino não vivesse no homem, ele não poderia amar generosa e espiritualmente. Se um intérprete não vivesse na mente do homem, ele não poderia verdadeiramente compenetrar-se da unidade do universo. Se um bom avaliador não residisse dentro do homem, ele possivelmente não poderia apreciar os valores morais e reconhecer os significados espirituais. E esse amante provém da fonte mesma do amor infinito; aquele intérprete é uma parte da Unidade Universal; e o avaliador é filho do Centro e Fonte de todos os valores absolutos da realidade divina e eterna.

A avaliação moral, daquilo que tem um significado religioso – o discernimento espiritual –, denota a escolha do indivíduo entre o bem e o mal, a verdade e o erro, o material e o espiritual, o humano e o divino, o tempo e a eternidade. A sobrevivência humana é, em uma grande medida, dependente da consagração da vontade humana à escolha daqueles valores destacados por esse selecionador-de-valores-espirituais – o intérprete e unificador residente. A experiência religiosa pessoal consiste de duas fases: a descoberta, na mente humana, e a revelação do espírito divino residente. Por meio de uma super-sofisticação ou como resultado da conduta irreligiosa de pretensos religiosos, um homem, ou mesmo uma geração de homens, pode escolher suspender os seus esforços para descobrir o Deus que reside neles; eles podem deixar de progredir e de alcançar a revelação divina. Mas tais atitudes, de não progressão espiritual, não podem perdurar por muito tempo, por causa da presença e da influência do Ajustador do Pensamento residente.

Essa experiência profunda, com a realidade do residente divino, transcende, para sempre, a rude técnica materialista das ciências físicas. Vós não podeis colocar a alegria espiritual sob a observação de um microscópio; vós não podeis pesar o amor em uma balança; vós não podeis medir os valores morais; nem podeis estimar a qualidade da adoração espiritual.
Os hebreus possíam uma religião de sublimidade moral; os gregos fizeram evoluir uma religião da beleza; Paulo e os seus confrades fundaram uma religião de fé, de esperança e de caridade. Jesus revelou e exemplificou uma religião de amor: a segurança no amor do Pai, com alegria e satisfação conseqüentes de compartilhar esse amor no serviço da fraternidade humana.

Toda vez que o homem faz uma escolha moral de reflexão, ele experiencia imediatamente uma nova invasão divina na sua alma. A escolha moral é parte da religião, como motivo de resposta interna às condições externas. E essa religião real não é uma experiência puramente subjetiva. Ela significa o conjunto da subjetividade do indivíduo, empenhado em uma resposta significativa e inteligente à objetividade total – o universo e o seu Criador.

A experiência extraordinária e transcendente de amar e de ser amado não é apenas uma ilusão psíquica, porque é tão puramente subjetiva. A única realidade verdadeiramente divina e objetiva, que é associada aos seres mortais, o Ajustador do Pensamento, funciona para a observação humana, aparentemente, como um fenômeno exclusivamente subjetivo. O contato do homem com a realidade objetiva mais elevada, Deus, dá-se apenas por intermédio da experiência puramente subjetiva de conhecê-Lo, de adorá-Lo, de realizar a filiação a Ele.

A verdadeira adoração religiosa não é um monólogo fútil de auto-enganação. A adoração é uma comunicação pessoal com o que é divinamente real, com aquilo que é a fonte mesma da realidade. Por intermédio da adoração, o homem aspira a ser melhor e por meio dela finalmente ele alcança o melhor.

A idealização da verdade, da beleza e da bondade, e o serviço prestado a elas, não é um substituto para a experiência religiosa genuína – a realidade espiritual. A psicologia e o idealismo não equivalem à realidade religiosa. As projeções feitas pelo intelecto humano podem de fato originar deuses falsos – deuses à imagem do homem –, mas a verdadeira consciência de Deus não tem tal origem. A consciência de Deus habita em nós, na presença do espírito residente. Muitos dos sistemas religiosos do homem vêm de formulações do intelecto humano, mas a consciência de Deus não vem necessariamente como uma parte de sistemas grotescos de escravidão religiosa.

Deus não é uma mera invenção do idealismo do homem; Ele é a fonte mesma de todos os discernimentos e valores supra-animais. Deus não é uma hipótese formulada para unificar os conceitos humanos da verdade, da beleza e da bondade; Ele é a personalidade de amor, de Quem se derivam todas essas manifestações do universo. A verdade, a beleza e a bondade no mundo do homem são unificadas pela espiritualidade crescente da experiência dos mortais que ascendem às realidades do Paraíso. A unidade na verdade, na beleza e na bondade só pode ser realizada na experiência espiritual da personalidade conhecedora de Deus.

A moralidade é o solo preexistente essencial, da consciência pessoal de Deus; é a realização pessoal da presença interna do Ajustador, mas essa moralidade não é, nem a fonte da experiência religiosa, nem o discernimento espiritual resultante. A natureza moral é supra-animal, mas é subespiritual. A moralidade é equivalente ao reconhecimento do dever, à compreensão-realização da existência do certo e do errado. A zona moral que se interpõe entre o tipo de mente animal e os tipos humanos de mente, como a moroncial, funciona entre a esfera material e a espiritual de realização da personalidade.

A mente evolucionária é capaz de descobrir a lei, a moral e a ética; mas o espírito outorgado, o Ajustador residente, revela, à mente humana em evolução, o provedor da lei, o Pai-fonte de tudo o que é verdadeiro, belo e bom; e um homem, assim iluminado, tem uma religião e está espiritualmente equipado para começar a longa e aventurosa busca de Deus.

A moralidade não é necessariamente espiritual; ela pode ser pura e integralmente humana; se bem que a verdadeira religião acentue todos os valores morais, tornando-os mais significativos. A moralidade sem religião não consegue revelar a bondade última, e também não consegue assegurar a sobrevivência; nem a dos seus próprios valores morais. A religião assegura a elevação, a glorificação, e a sobrevivência de tudo o que a moralidade reconhece e aprova.

A religião está acima da ciência, da arte, da filosofia, da ética e da moral, mas sem ser independente delas. E estão, todas estas, indissoluvelmente inter-relacionadas na experiência humana, pessoal e social. A religião é a suprema experiência do homem, enquanto ele permanece na sua natureza mortal; mas a linguagem finita torna, para sempre, impossível à teologia retratar adequadamente a experiência religiosa verdadeira.

O discernimento religioso possui o poder de transformar a derrota em desejos mais elevados e em novas determinações. O amor é a mais elevada motivação que o homem pode utilizar na sua ascensão no universo. Mas o amor, despojado da verdade, da beleza e da bondade, é um sentimento apenas, uma distorção filosófica, uma ilusão psíquica, um engano espiritual. O amor deve ser sempre redefinido em níveis sucessivos de progressão moroncial e de progressão espiritual.

A arte resulta da tentativa do homem de escapar da falta de beleza no seu meio ambiente material; é um gesto na direção do nível moroncial. A ciência é o esforço do homem para resolver os enigmas aparentes do universo material. A filosofia é uma tentativa do homem de unificar a experiência humana. A religião é o gesto supremo do homem, o seu magnífico movimento, na tentativa de alcançar a realidade final, na sua determinação de encontrar Deus e de ser como Ele.
No domínio da experiência religiosa, a possibilidade espiritual é uma realidade potencial. O impulso espiritual que leva o homem a avançar não é uma ilusão psíquica. Pode ser que nem toda a fantasia do homem sobre o universo seja um fato, mas muito nela é verdadeiro.

A vida de alguns homens é grande e demasiadamente nobre para se abaixar ao nível de um sucesso conquistado. O animal deve adaptar-se ao meio ambiente, mas o homem religioso transcende o seu ambiente e, desse modo, escapa das limitações do mundo material presente, por meio desse discernimento do amor divino. Esse conceito de amor gera, na alma do homem, aquele esforço supra-animal para encontrar a verdade, a beleza e a bondade; e quando as encontra, ele é glorificado no abraço delas; e é consumido pelo desejo de vivê-las e cumpri-las segundo a retidão.

Não vos desencorajeis; a evolução humana ainda está em progresso, e a revelação de Deus ao mundo, em Jesus e através de Jesus, não deixará de acontecer.

O grande desafio ao homem moderno é realizar uma comunicação melhor com o Monitor divino que reside dentro da mente humana. A maior aventura do homem na carne consiste no esforço, bem equilibrado e sadio, de ultrapassar as fronteiras da autoconsciência penetrando nos domínios imprecisos da consciência embrionária da alma, em um esforço, de todo o seu coração, para alcançar a região fronteiriça da consciência do espírito – esse, o contato com a divina presença. Essa experiência constitui a consciência de Deus, uma experiência que confirma, de um modo poderoso, a verdade preexistente da experiência religiosa de conhecer a Deus. Uma consciência tal, do espírito, é equivalente ao conhecimento da factualidade da filiação a Deus. De qualquer outro modo, a certeza da filiação é uma experiência de fé.

E a consciência de Deus é equivalente à integração do eu com o universo, nos seus níveis mais elevados de realidade espiritual. Apenas o conteúdo espiritual, de qualquer valor, é imperecível. Aquilo que é mesmo verdadeiro, belo e bom não pode perecer, pois, na experiência humana. Se o homem escolher a não-sobrevivência, então o Ajustador sobrevivente conservará, consigo, aquelas realidades nascidas do amor e nutridas pelo serviço. E todas essas coisas são uma parte do Pai Universal. O Pai é amor vivo, e a vida do Pai está nos seus Filhos. E o espírito do Pai está nos filhos dos seus Filhos – os homens mortais. Quando tudo estiver dito e feito, a idéia de um Pai será ainda o conceito humano mais elevado de Deus.

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